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Andorinhas-do-mar-inca voam até Singapura

Esta primavera, 6 andorinhas-do-mar-inca nascidas no Oceanário de Lisboa «voaram» para um novo habitat: o parque de aves Bird Paradise, em Singapura.

Esta primavera, 6 andorinhas-do-mar-inca nascidas no Oceanário de Lisboa «voaram» para um novo habitat: o parque de aves Bird Paradise, em Singapura.

A cedência de espécies entre instituições tem um papel fundamental para a conservação, pois permite aumentar o conhecimento sobre as mesmas. Adicionalmente, estes programas de reprodução e monitorização de animais da EAZA (Associação Europeia de Zoológicos e Aquários) contribuem para a boa gestão das populações ex-situ.

As andorinhas-do-mar-inca (Larosterna inca) são aves marinhas que ocorrem na costa do Pacífico Este – e no habitat Antártico do Oceanário de Lisboa. Junto do bico, têm duas penas brancas, curvas e em forma de bigode, que lhe dão um ar majestoso, já os juvenis, têm o bico e as patas escuras, que se tornarão vermelhas com o crescimento. O estatuto de conservação desta espécie, avaliado em 2018, está classificado como «Quase Ameaçado» na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da IUCN, com uma população a decrescer devido a fenómenos climáticos, degradação de habitat e pesca assessória.

Andorinhas-do-mar-inca-voam-ate-Singapura_Oceanario-de-Lisboa

O Oceanário de Lisboa tem reproduzido com sucesso várias andorinhas-do-mar-inca, ao longo dos anos. «Cada animal do Oceanário é cuidadosamente monitorizado desde o seu nascimento, e os registos dos dados biométricos, como variações de tamanho e peso, são carregados numa plataforma, contribuindo para a análise de cada ave em particular e para o estudo da espécie a nível global.», garante Ana Ferreira, Science and Conservation Officer do Oceanário de Lisboa, acrescentando que «Os Zoos e aquários registam e podem partilhar os dados dos animais que têm ao seu cuidado em programas específicos, que permitem neste caso, que no momento do acolhimento das andorinhas na sua nova «casa», as equipas tenham todo o histórico e os dados relevantes de cada indivíduo, garantindo a continuidade de avaliação do bem-estar e do trabalho de recolha de dados», explica ainda Ana Ferreira.

As andorinhas cedidas, três casais jovens-adultos, «migram» para Singapura com a missão de serem embaixadoras da sua espécie, sensibilizando os visitantes para a conservação dos ecossistemas.